segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Meu filho ainda não fala. O que faço?

Uma criança não é igual à outra e isso vale para os irmãos também. As mamães têm a mania de comparar seu filho com a criança da vizinha. Cada criança tem seu tempo e desenvolvimento próprio. E isso vale para o início do desenvolvimento da fala.
Claro que se tem um tempo esperado para tudo. A criança pode iniciar as primeiras palavrinhas com nove meses ou um ano e meio. Uma criança que com dois anos não fala absolutamente nada necessita de uma avaliação fonoaudiológica e médica.
Mas por que ocorre esse atraso na fala? São várias as razões, sendo que os maiores culpados são os próprios pais, que em muitas vezes excedem no mimo à criança, inibindo a evolução natural do pequeno.
Desde a barriga da mamãe, o bebê já tem condições de ouvir. Então, falar com o bebê mesmo que este se encontre dentro da barriga da mamãe já é um bom começo para o desenvolvimento da fala.
Para falar, o bebê precisa ouvir bem. Se há uma deficiência auditiva, o som que chega para o bebê é distorcido ou, se for uma deficiência auditiva profunda, o bebê nem ouve e por isso tem dificuldades de desenvolver a fala.
Desde o nascimento, preste atenção na audição do seu bebê, verifique se ele se assusta com algum barulho repentino, como uma batida de porta ou alguém que entra falando alto no seu quarto.
Quando mais velho, faça algum barulho na lateral da criança e veja se a criança tenta procurar de onde vem o barulho ou o chame, sussurrando, pelo nome para que ele a procure. Caso sinta que seu queridinho não ouve direito, procure um pediatra.
Se o bebê chora sem motivo, pode ser dor de ouvido. Certifique-se levando o pequeno no pediatra. Infecções repetidas de ouvido podem levar a uma baixa na audição, atrasando o início da fala.
Proteção em excesso pode atrapalhar a fala - Outro fator de atraso no desenvolvimento da fala é o ambiente. Uma criança que convive na maior parte do seu tempo com adulto e esses adultos fazem tudo para a criança sem que ela precise pedir, como pegar um copo de água quando a criança aponta para o filtro, não tem necessidade de falar.
Os pais precisam entender a seguinte lição: a criança precisa sentir necessidade de falar. É um processo novo e difícil para a criança. Se ela aponta e tem o que quer na mão, sempre usará dessa atitude para conseguir o seu desejo e não será forçada a falar.
Escolinha ajuda, e muito, no processo de fala - O convívio com outras crianças como numa escolinha, faz com que a criança tenha que falar para que não seja “esquecida”. Se ela não se impuser, não vai conseguir muita coisa. E a estimulação de fala e linguagem que a criança terá com o convívio com outras crianças será imensa.
Outros fatores que podem atrasar o início da fala são as alterações neurológicas e anatômicas como a Paralisia Cerebral, Síndrome de Down e Fissuras lábio-palatinas (lábio leporino). Nesses casos, conversas com o pediatra e outros profissionais devem ser realizadas para que a conduta e estimulação dessas crianças sejam orientadas o mais precocemente possível.
Mudanças repentinas podem atrasar ou mesmo fazer com que a fala regrida. A chegada de um irmãozinho ou a separação dos pais podem ser alguns dos motivos. Tente detectar o motivo da alteração emocional daquele momento e procure deixar seu filho seguro do amor que os pais tem por ele.
Em caso de dúvidas sobre o desenvolvimento da fala do seu filho, procure o pediatra ou o fonoaudiólogo para uma avaliação.


Dicas

- Converse muito com seu bebê e, principalmente, olhando para ele. Assim poderá ver os movimentos que a mamãe faz com a boca e as expressões de seu rosto, importantes para a comunicação.

- Na fase de desenvolvimento da fala, não fale em diminutivos e nem como uma “tiancinha” (criancinha). Além de ser algo super chato, falar com jeitinho infantil dificulta o entendimento da criança que ainda não sabe qual o som correto das palavras.

- Nomeie tudo para a criança. A hora do banho é ideal para o pequeno conhecer as partes do corpo com as perguntas: “Onde está o pé? E o cabelo? Os olhos?”. Ou então: qual é a cor dessa maçã?

Estresse dos pais e as conseqüências nos filhos


Já se sabe que hoje em dia o estresse afeta adultos e criança, além de trazer inúmeros prejuízos em todos os aspectos da vida, como saúde e o comportamento social, seja nos pequenos ou nos mais velhos.
O que um estudo americano sugere agora é que filhos de pais estressados são mais vulneráveis a doenças.
O trabalho foi publicado em uma revista americana especializada no assunto chamada "Brain, Behavior and Immunity". Além do estresse, pais deprimidos também têm maiores chances de ter filhos mais propensos a doenças e infecções.
O estudo, realizado na Universidade de Rochester, acompanhou 169 crianças durante anos. Os pais registraram durante esses três anos todas as vezes que as crianças ficaram doentes. Além disso, os pais levavam as crianças de seis em seis meses para consultas com psiquiatras.
A médica Mary Caserta constatou que a ocorrência de doenças nas crianças foi maior naquelas que eram filhos de pais que tinham um alto nível de "estresse emocional".
Já é conhecido que em pessoas estressadas há um alto nível de células imunológicas (aquelas que combatem organismos estranhos presentes no corpo) no sangue e nesse estudo foi comprovado que no sangue de crianças filhos de pais estressados também há um maior índice de células imunológicas, algo totalmente incomum nesta fase de vida.
Lembre-se, mamãe, que o estresse cria maior dificuldade em parar de fumar. Consequentemente, a mamãe fumante tende-se a tornar ainda mais tensa devido ao cigarro, aumentando o estresse, ciclo prejudicial em todos os sentidos.
Amor pra curar o estresse - A criança precisa da ajuda de adultos para que cuide do seu corpo com alimentação e aprendizagem, mas se não houver um ambiente acolhedor e com afeto e amor não é possível se desenvolver plenamente e com saúde. Pais estressados podem deixar de demonstrar carinho aos seus filhos.
Já é sabido que bebês não sobrevivem sem amor. O afeto e o amor na infância e na juventude são tão importantes para a criança quanto uma boa alimentação com as vitaminas e proteínas necessárias que o corpo necessita para funcionar adequadamente.
O estudo sobre estresse dos pais e a saúde das crianças tem uma variável que os pesquisadores apontaram: ao deixar que os pais medissem o grau de doenças dos filhos pode ter mascarado o resultado da pesquisa, já que pais mais ansiosos poderiam ter mais tendência a achar que seus filhos estavam doentes.
Mas mesmo assim, os pesquisadores afirmam e sustentam que os resultados indicam uma forte ligação entre estresse dos pais e saúde das crianças.



Dicas


Cuide de você, mamãe! Sua saúde mental e física em boa forma é essencial para que seu filho cresça saudável.
Ao entrar em casa, esqueça dos problemas do trabalho e lembre-se que você tem seus pequenos que precisam da sua atenção e amor.
Faça uma atividade que você, mamãe, goste e que lhe dê prazer e um tempo só para você. Ajuda a diminuir o estresse.

Virose: saiba o que é e como fazer para evitá-la

Seu filho está com febre, vômitos, diarréia ou o nariz escorrendo. Você, mamãe, espera dois dias e os sintomas não passam. Leva o pequeno no médico para aliviar o seu "sofrimento" e escuta sempre a mesma coisa: é virose.

A pergunta que fica para você, mamãe, é a seguinte: você sabe o que é uma virose? Virose são doenças causadas por vírus que tem um ciclo determinado, com sintomas leves, sem conseqüências relevantes, e não há remédios eficazes para o seu combate.

Uma observação importante: esses "bichinhos" invisíveis adoram temperaturas baixas e locais com grande aglomeração de pessoas e pouca renovação do ar. Aparelhos de ar-condicionados sujos também fazem a alegria dos vírus. Um simples espirro de uma pessoa com virose pode proliferar o vírus. Uma pessoa infectada por vírus espalha no ar inúmeras partículas de agentes virais.

Os antibióticos são medicamentos usados no combate de doenças causadas por bactérias e não colaboram em nada para a luta contra os vírus. A defesa do organismo tanto da criança como o do adulto é capaz de combater essas doenças sem a necessidade de remédio.

As viroses não são todas iguais. Tem os vírus que se alojam nas vias respiratórias, causando dor de garganta, coriza e tosse. Já há outros que preferem o sistema gastrointestinal, causando vômitos e diarréias.

Cuidado com a virose - Em alguns casos, essas viroses podem evoluir para doenças mais graves, como pneumonia ou meningite viral. Portanto, todas as viroses precisam de um acompanhamento médico.

E por que os médicos preferem dizer que é uma virose a realmente constatar qual o vírus está causando os sintomas na criança?

Simplesmente porque são muitos tipos de vírus que existem e o trabalho e dinheiro gasto para a definição do tipo de vírus não ajudaria em nada no combate da doença que provavelmente já teria se curado até que o vírus fosse identificado. Ou ainda porque o vírus tem uma mutação muito rápida e seria difícil especificar qual o tipo.

Como se tratar - As viroses normalmente têm sintomas parecidos e duram em média de sete a dez dias. O tratamento deve ser com antitérmicos para baixar a febre, hidratação, descanso e boa alimentação.

Caso os vômitos e diarréia sejam muito freqüentes, relate outra vez ao pediatra, pois poderá ser que seu filho precise tomar soro na veia. Contate novamente o seu médico se a febre for muito alta e não passar depois de três dias.

As crianças, principalmente as menores de três anos, são as mais susceptíveis para contrair essas viroses, pois ainda não estão com o seu sistema imunológico maduro.

As que vão para a escola também correm maiores riscos de contágio, já que os vírus são transmissíveis através das gotículas de saliva que saem da criança contaminada que tosse ou espirra. Assim, quando uma criança na escolinha está com virose não é difícil que todas tenham também.

O bom é sabermos que é entrando em contato com esses vírus que o sistema imunológico dos nossos filhos vai se fortalecendo e ficando cada vez mais voraz no combate a esses vírus.

Dicas

A amamentação exclusiva até o sexto mês de vida do bebê proporciona maior defesa contra as viroses.

Não esqueça de vacinar seu filho. Muitas das vacinas combatem alguns vírus que causam as viroses.

Evite que a criança fique por muito tempo em lugares fechados e com muitas pessoas, principalmente no inverno. Desligue os aparelhos de ar-condicionado três vezes ao dia. Higienização do aparelho também é fundamental.